segunda-feira, 6 de junho de 2016

Entre Soluços ...

   Eu realmente não levo jeito para despedidas.
   Não consigo falar, o nariz entope, e quando vejo, já estou chorando.
   As vezes ela é necessária, mas mesmo assim eu arrumo pretextos para dizer que está melhor assim.
   Não sei lidar !!!
   Gosto de barulho, sinal de felicidade.   
   Preciso ouvir o barulho da chave na porta, da televisão  ligada, ou do rádio falando para as quatro paredes.
   Tanto faz, mas isso para mim, é sinônimo de felicidade.
   Não sei dizer adeus, não sei ir embora, não sei aceitar quando se vão.
   Não sei se quero aprender, acho que não.
   Não entendo razões, motivos e porquês.   
   Não sei dizer não, e não suporto o talvez.
   Eu não vejo motivos, e passo por cima dos poréns, porque minha alma faz costuras na alma de outro alguém.
   A cicatriz dói demais, e por isso peço em meus soluços que não se vá.
   No desespero a voz falha e o ar falta, e talvez desmaiar nem fosse uma má opção.
   Meu grito ecoa por dentro, a voz tão presa já é um lamento de solidão.
   E por fim, entre tantos devaneios, com tanta chuva em mim, eu finalmente imploro:
   -Não saias mais de mim porque te adoro, e já fiz mil versões tuas enquanto choro.   
   Já criei versos, porque sou metida à poeta, já soei sincera, ou até desonesta.   
   Mas por favor não vá, se eu prometo lhe dar um milhão de motivos para que fique, um milhão de palavras para convencer-te, um milhão de risos para derreter-te e um milhão de dúvidas para manter o teu interesse em ficar.
   Fique só hoje, e amanhã prometa novamente, e assim sucessivamente.
   Eu amo te amar.
by Lu Souza
#RabiscandoSentimentos

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